terça-feira, 24 de janeiro de 2012

JOSILTON TONM: unificando as formas numa silhueta simples mas de grande efeito.


Foto: do blog de Boaventura arte e soluções

A produção artística do escultor Josilton Tomn foi notada e comentada por vários profissionais da área, dentre os quais Sofia Olszewski, professora de História da Arte da Escola de Belas Artes da UFBA, que escreveu em 1993: “A escultura tem encontrado poucos adeptos nas artes plásticas da Bahia, fazendo com que a pintura de cavalete continue sendo a Técnica mais utilizada pelos artistas. Josilton Tonm faz parte desse pequeno grupo (de qualidade) de escultores baianos. Viveu em Alagoinhas e sendo autodidata, tem feito no circuito artístico uma carreira lenta, porém, crescente, de quem tem o dom da espera e de quem, nesta espera, amadurece Técnica e linguagem.
A pedra é material constante na sua produção. E essa escolha não é uma opção aleatória, mas um determinante do completo físico e poético em muitos dos seus trabalhos. Ele entra no caminho dos escultores que, lavrando diretamente a pedra, forçam a imagem a emergir do bloco bruto. Desse bloco maior, vai retirando o material excedente, dando voltas ao seu redor, unificando as formas numa silhueta simples mas de grande efeito”, assim escreveu a professora de História da Arte da Escola de Belas Artes da UFBA, Sofia Olszewski sobre o artista.
Já o artista feirense Juraci Dórea, disse em 1996 que “os objetos e as esculturas de Josiltom, na maioria das vezes de pequenas dimensões, revelam um mundo imaginário, onde as formas se buscam e se completam num jogo de inquietante sensualidade. Das madeiras carbonizadas, agora presentes em quase todas as peças, surge uma nova fase na sua obra. São composições simbólicas e envolventes que reafirmam o itinerário abstrato das fases anteriores. Porém, esses trabalhos evocam considerações outras e nos transportam, de imediato, à nossa própria encruzilhada existencial, ao drama do planeta e da vida, à sutil conexão que a arte propõe entre o efêmero e o eterno.

Foto: do blog de Boaventura arte e soluções



O artista identifica-se com a corrente da escultura atual, em que os artistas preferem “construir” suas obras, ao invés de entalha-las ou molda-las. Não se deve pensar, entretanto, que o trabalho desse artista limita-se à mera apropriação de matérias. Ao contrário, seu processo de criação é paciente, refinado e precedido de um rigoroso exercício artesanal”.
Natural da cidade Alagoinhas, sua primeira mostra é de 1973. Expôs em Salvador, São Paulo, Recife, Brasília e Rio de Janeiro. Em novembro de 1995, recebeu o Prêmio Ivo Vellame, no XIV Salão Regional de Artes Plásticas da Bahia, com um trabalho de grande impacto visual: peças de madeira carbonizada sobre uma semi-esfera de pedra.

Foto: do blog de Boaventura arte e soluções

FLORIANO: ARTISTA PLÁSTICO PRIMITIVISTA

FLORIANO E SUA FABULOSA USINA DE ARTE:  - Natural de Nazaré das Farinhas, 74 anos, Floriano dos Santos, mais conhecido como Seu Floriano, extrai do lixo a principal matéria-prima para suas criações.

Chegou a Alagoinhas aos 18 anos, trabalhava de pedreiro, e nas horas vagas pintava suas primeiras telas. Há quem o considere apenas um artesão, o que não é nenhum problema, mas, ao adentrar no mundo desse senhor negro, de feição serena e bem humorado, sempre de vestes simples, com seu inseparável chapéu, que muito provavelmente deve ter sido estilizado por ele mesmo, que largou o ofício de pedreiro para viver de arte, percebe-se que ali não é apenas um artesão e seu ato, mas uma usina de arte fabulosa! Em sua cidade natal, trabalhava na torrefação de café.

Veio para Alagoinhas, junto com seus irmãos, com perspectiva de trabalho, mas logo largou a construção civil e dedicou-se apenas a arte. Um simples pedaço de madeira, descartado no lixo ou nas ruas, pode virar desde um porta-chaves a brincos, chaveiros, colares ou ainda um brinquedinho bem engenhoso, feito de forma rústica, sem grandes acabamentos e com material simples, que imita o bicar dos passarinhos, como se estivessem alimentando-se, que me custou apenas três reais, encantou não só a mim, como ao meu filho de apenas 01 ano e seis meses.

Segundo Seu Floriano, o início de seu trabalho com arte aconteceu aqui em Alagoinhas. Quem o “descobriu” foi um artista plástico, filho da terra, Josilton Tonm, em sua antiga usina-casa, na Cavada. Produzia brinquedos de barro, trabalhos com madeira e papel. Sua arte não exige nenhum critério, tampouco dispõe de grandes instrumentos, e tudo que nós vemos ali em seu atelier, no Mercado do Artesão de Alagoinhas, é criação única, que não pretende quebrar nenhum conceito, muito menos seguir nenhuma grande escola de Belas Artes, é apenas fruto da sua intuição e vontade de arte.


Ele conta que ao se deparar com um objeto qualquer descartado, já o imagina transformado, chega à sua oficina, e logo vai dando forma ao que visualizou antes em sua mente. Nos seus mais de cinqüenta anos de ofício de artista, Floriano, já expôs seus trabalhos no Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador), na Casa Fundação Jorge Amado (Salvador), além de exposições locais como na antiga “feira do pau” e nas feiras de artes da cidade. Recentemente, foi convocado como suplente pelo edital de apoio a Artes Visuais, pela FUNCEB, para participar dos Salões Regionais de Artes Visuais da Bahia 2011, que foi realizado de 2 a 29 de dezembro, no Centro de Cultura de Alagoinhas (CCA).

( Texto de Isis Favilla, retirado do Caderno Cultural Expresso 18 ).

sábado, 21 de janeiro de 2012

ANDRÉ LUIZ VIANA - ARTISTA PLÁSTICO ALAGOINHENSE


Filho  Alagoinhense, nascido e criado em Alagoinhas desde cedo começou os primeiros rabiscos a lápis mas, aos 28 anos foi que começou o interesse pelas artes passando por estudos independentes, e começou a frequentar o atelier do artista plástico Mauricio Calabrich onde aprendeu diversas técnicas de pinturas, desenho a lápis e escultura.  

“Autodidata em desenho”, como define a si próprio, o artista dedica-se a trabalhos de artes plásticas com pintura a óleo, explorando técnicas e estilos, com efeitos de luz e sombra. Para aprimorar a técnica que desenvolveu, Viana teve aulas com os professores Maurício Calabrich e Helena Cocentino, graduados em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia.
Os trabalhos de André Luiz Viana já foram apresentados em exposições individuais e coletivas nas cidades de Salvador, Alagoinhas e Porto Seguro. O artista, mantêm exposição permanente em seu ateliê, situado na rua Xanxaré,185, Parque Getúlio Vargas - Feira de Santana, onde reside atualmente.

Faz parte do SINAPEV - Sindicatos dos Artistas Plásticos e Visuais da Bahia. Estará presente na Exposiçao Coletiva, dia 1 de fevereiro no Atelier do Artista Leonel Matos, End, Rio Vermelho em frente a Igreja Nova


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ALMIRO BORGES: MARINHAS, MARIA FUMAÇA E CASARIOS - RETRATOS DA BAHIA.


“O Artista Plástico Almiro Borges, radicado em Salvador, comemorou os 40 anos de sua primeira exposição realizada em 17 de agosto de 1969, aqui em Alagoinhas no ano de 2009. Almiro Borges nasceu em 29 de abril de 1933 na cidade de Araci (BA), e veio residir nesta cidade ainda jovem, depois de passar uma temporada em Santa Luz (BA), trabalhando no setor de livraria. Autodidata na arte desde 1956, começou a destacar-se na “pintura” dos cartazes que anunciavam os filmes do Cine Azi”, sendo considerado um grande pintor de casarios com exposições coletivas e individuais. Com trabalhos expostos em galerias de Salvador, como também um grande acervo em mãos de colecionadores, amantes da arte como podemos destacar, o Sr.Marcos Antunes em Alagoinhas possuidor de dezenas de obras de Almiro Borges. Os traços soltos de Almiro em suas marinhas e casarios, com cores firmes e definidas foi também a grande inspiração para um dos grandes artistas de nossa geração, Menelaw Sete; “conhecido como o Picasso Brasileiro, por causa de suas obras de traços e cores fortes. De lá para os dias de hoje, aquele menino se tornou um dos artistas brasileiros mais conhecido e admirado pelo mundo à fora. Sua inquietude interior proporcionou expor suas obras em países como Alemanha, EUA, Espanha, Bélgica, França e Argentina.”(http://lumoura.com.br/2007/10/menelaw-sete-o-picasso-brasileiro/)

Esse é um dos maiores pintores da Bahia e do Brasil. Atribuem a ele o fato de ser o primeiro a pintar a Maria Fumaça no Brasil.As obras de Almiro são uma parte da história da Bahia e de Salvador retratadas em suas obras
almiroborges | Casario e Marinha outras duas marcas do artista.
 
Casario e Marinha outras duas marcas do artista.